Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2008

Mulher Egípcia

 

“Bati de novo, com um pouco mais de força. Desta vez ouvi ruído de gente, no interior, e depois uma voz a perguntar quem era, junto da porta, ao mesmo tempo que o puxador girava. Empurrei a porta e entrei às cegas na sala às escuras. Caí direitinho nos braços dela e senti-a nua debaixo do roupão meio aberto. Devia ter acordado de um sono profundo s só vagamente teria consciência de quem a abraçava. Quando compreendeu que era eu, tentou libertar-se, mas eu apertei-a e comecei a beijá-la apaixonadamente e ao mesmo tempo a empurrá-la, de costas, para o sofá que estava perto da janela.

Murmurou qualquer coisa acerca da porta aberta, mas eu não quis correr o risco de a deixar safar-se-me dos braços. Por isso, fiz um pequeno desvio e, pouco a pouco, empurrei-a para a porta, obrigando-a a fechá-la com o cu. Dei a volta à chave, com a mão livre, conduzi-a para o meio da sala e, com a mesma mão livre, desabotoei a braguilha e pus a picha em posição. A rapariga estava tão bêbada de sono que era como entreter-me com um autómato. No entanto, percebi que lhe agradava a ideia de ser fodida meio a dormir. O pior é que cada vez que eu mergulhava, ela acordava mais um bocadinho. E à medida que ficava mais consciente ficava também mais assustada. Era difícil saber como adormecê-la de novo sem perder uma boa foda.

Consegui atirá-la para cima do sofá sem perder terreno, enquanto ela se tornava cada vez mais desejosa e começava a torcer-se e a contorcer-se como uma enguia. Não creio que tivesse aberto os olhos uma única vez, desde que começara a agarrá-la. Dizia a mim mesmo, repetidamente: «Uma foda egípcia… uma foda egípcia…», e, para não me vir imediatamente, comecei a pensar no cadáver que Mónica trouxera consigo para a Grand Central Station e nos trinta cêntimos que deixara a Pauline, na auto-estrada.

De súbito, zás! Batem à porta, com força, ela arregala os olhos e fita-me cheia de terror. Comecei a tirar-me rapidamente, mas, para minha surpresa, prendeu-me e segredou-me ao ouvido: «Não te mexas! Espera!» Bateram de novo e a seguir ouvi a voz de Kronski dizer: «Sou eu Thelma… sou eu Izzy.» Quase rebentei a rir.

Recaímos numa posição natural e, como ela fechasse de novo os olhos, movimentei-me dentro dela devagarinho, para não a reacordar. Foi uma das fodas mais maravilhosas da minha vida. Parecia que ia durar eternamente.”

Trópico de Capricórnio – Henry Miller
segredos de buonarotti2 às 16:56
chave secreta | preferir
De buonarotti2 a 3 de Janeiro de 2008 às 21:01
pois é, mas como quer que eu esteja alerta para tudo quanto escreve? hein? Devia ter avisado... assim já vi..., ora, pois muito bem, não gosto do Miller, mas escolheu uma passagem interessante... espere por mim. E já agora, respondeu-me? não... que coisa feia! ;)
De Fecho Aberto a 4 de Janeiro de 2008 às 17:15
estou à espera...
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