Compro um pacote de bolachas sortidas, um pack de Magos e um pacote de café para a máquina. Na caixa reparo nos preservativos, e como não sei se ela não inventará desculpas de última hora, decido-me a comprá-los, pelo sim pelo não.
Depois de um café no bar da esquina, regresso ao atelier, para tentar arrumar um pouco mais a sala de reuniões. Limpo muito bem os sofás e arrumo os papéis que andam por ali espalhados.
Tudo pronto para a receber. Releio a mensagem que ela me enviou para o telemóvel. Às duas ia apanhar o comboio da linha de Sintra, passava pelo teatro nos Restauradores, para levantar os bilhetes para a nova peça do La Féria que ia ver no fim de semana com o marido e apanhava o metro para ir lanchar comigo.
Já lá iam dez anos que tínhamos trabalhado na mesma escola, e depois de muitos encontros e desencontros, promessas, beijos e abraços, tinha estado com ela três vezes, inesquecíveis, primeiro em Vale de Lobos, depois em Tercena e por fim no Guincho.
Não tinha mudado muito de aspecto físico, talvez um pouco mais magra até, mas estava mais madura, foi mãe de um rapaz, mudou de escola e mudou de casa. Mas bastou dois dias após o nosso reencontro para me telefonar e dizer que me queria visitar como tinha prometido. Talvez estivesse mais segura de si própria e decidida a procurar o prazer. Apreciei a ideia de que ela queria estar comigo porque sentia prazer na minha companhia.
Não espero pelo toque dela e vou buscá-la à porta do metro, conforme combinado.
Ela aparece finalmente a subir as escadas, não sei se será dos meus olhos, mas está linda, muito linda, de saia e blusa azuis justas, cabelo louro solto, caindo sobre os seios pequenos, mas bem definidos, um sorriso nos lábios em harmonia com a alegria que transbordava dos seus olhos azuis.
Dei-lhe um abraço, ali no meio do passeio, perante a hesitação dela sem saber como me devia cumprimentar. Ela apertou-me nos seus braços, pousou a sua cabeça no meu peito, enquanto apenas me disse – Que saudades! Abri os meus braços, procurou a minha boca e beijou-me delicadamente.
Naquele dia estava particularmente conversadora, e disse tudo o que queria, sem interrupções minhas, até entrar no elevador. Aí beijou-me sofregamente, apoiando-se no meu pescoço, limitando-me a erguer do chão aquele corpo frágil de encontro ao meu.
Já no atelier manifestou interesse em ver tudo, apreciou o meu trabalho e perguntou o que é que eu fazia em cima daqueles estiradores enormes, para além dos meus projectos.
Agarrei na cintura dela, sentei-a no meu estirador, beijei-lhe a boca delicadamente, e depois passeei a minha boca pela sua cara e pescoço, enquanto as minhas mãos inspeccionavam aquele corpo maravilhoso. Tiro-lhe a blusa, e beijo-lhe o peito, coberto por um soutien azul rendado, com os bicos a quererem saltar para fora.
Empurro-a para trás, obrigando a deitar-se de costas para mim, para lhe abrir o fecho da saia muito justa, embora não tão curta como era antes. Vai contorcendo-se para me ajudar a tirar a saia, e aprecio o cu empinado, dançarino, rijo e sem celulite, com umas pequenas boxeurs azuis, translúcidas, muito sexy, acompanhadas por um cinto ligas que prendem as meias quase imperceptíveis nas suas belas coxas, pequenas mas torneadas e os músculos bem definidos.
Parei totalmente para a apreciar, em cima do meu estirador, um espectáculo encantador de mulher que dançava deitada, ao som do rádio que tinha deixado ligado. Quando me perguntou se ia deixá-la arrefecer ali especada, puxei as pernas para mim, tirei-lhe as meias, chupei todos, rigorosamente todos, os dedos dos seus pés. Beijei e lambi as suas pernas, muito suavemente, contrariando a força que ela fazia para me puxar para cima, começando a gemer de prazer.
Quando cheguei o nariz ao seu sexo, ainda coberto, inspirei profundamente o seu cheiro, com ela a fazer força na minha cabeça contra ela. Devagar foi arrastando as cuecas para o lado e fui lambendo cada pedaço de carne revelada ao natural, enquanto lhe levantava as pernas para os meus ombros.
Ergui-a, para lhe tirar as cuecas, enquanto ela atirava os braços para trás e gemia e pedia-me para não parar de lhe dar prazer. Enfiei a cabeça entre as pernas, explorei todo o seu sexo com a minha língua até sentir ela render-se totalmente a um orgasmo longo e delicioso.
Após recuperar a respiração, levantou-se num pulo que me surpreendeu, dizendo que não estava ali apenas para receber a minha língua, mas não a deixei saltar do estirador. Peguei-a ao colo com as pernas abertas, levei-a para a sala de reuniões, sentei-me num pequeno sofá individual sem braços, enquanto ela me beijava como uma louca e libertei-a dos meus braços.
Rapidamente eu estava totalmente despido, ela entre as minhas pernas, enquanto me devorava sofregamente o meu sexo. Recordei imediatamente como aquela mulher era o meu maior prazer de sempre em sexo oral.
Pedi-lhe para se levantar para lhe despir o resto da roupa, mas rapidamente ela estava sentada em mim, de pernas abertas, boxeurs afastadas e enfiou lentamente o meu sexo nela até ao fim e, sem se mexer voltou a gemer de prazer até atingir um novo orgasmo.
Tinha a cara totalmente vermelha, senti o seu corpo todo melado e suado e, enquanto lhe tirava o soutien, só me dizia que já nem se lembrava quando tinha tido prazer daquele modo.
Levantei-me com ela ao meu colo, voltei-me a sentar de pernas abertas, desta vez, com ela entalada contra as costas do sofá, e dancei, enquanto pude, dentro dela até que desta vez gritámos em simultâneo durante o nosso orgasmo. Enquanto recuperava a respiração ela devorou-me com beijos em todo o meu corpo.
Levantou-se de lado, mas quando vi o seu rabo virado para mim, não resisti, levantei-me e agarrei-a pela cintura, pousei-a de joelhos no sofá, enfiei o meu sexo nela enquanto massajava, molhava, besuntava o seu olhinho com o nosso esperma e, desta vez ela só dançava o seu rabo para me sentir todo dentro de si. Quando senti que já estava com o sexo rijo novamente, mudei-o para o seu olhinho, com ela a pedir para não ser bruto. Lentamente fui progredindo a minha entrada no seu cu, parando sempre que ela se queixava, mas no final foi ela que veio contra mim, rapidamente atingiu o orgasmo e quando eu já estava completamente louco, voltámos a gritar de prazer, desta vez de uma forma um pouco descontrolada em simultâneo.
Ficámos parados um pouco, para recuperar, mas eu estava em pé, por isso, peguei-a ao colo e levei-a para o sofá grande, onde deitámo-nos ao comprido, com ela sobre mim. Ela chegou a adormecer durante meia hora, enquanto eu lhe massajava o corpo besuntado com o nosso suor.
Quando acordou, agarrou-me e beijou-me de uma forma muito meiga e perguntou-me se eu não lhe dava mais prazer. Respondi-lhe que o meu corpo estava com uma quebra significativa de energia, muito por culpa dela. Deu uma gargalhada sonora e disse que não acreditava. Perguntou as horas – seis e meia – deu um pulo e, já a sair pela porta da sala, disse que estava atrasada para ir buscar o filho.
Eu nem tive forças para me levantar e esperei que ela saísse da casa de banho. Correu em busca da mala dela na outra sala, foi ter comigo para me dar um simples beijo e disse-me - não te esqueças que não acabaste o que começaste, eu depois ligo – fugiu porta fora do atelier, sem a fechar, e quando eu lá cheguei já estava a chegar à porta da rua. Fechei a porta e, ao fundo, vi o frigorífico e lembrei-me do lanche que não se comeu. Ainda fiquei cerca de uma hora, todo nu, deitado no sofá, a beber o Magos, à saúde da minha querida ex-colega.